quinta-feira, 2 de outubro de 2014

30 ANOS DE WILSON ARAGÃO

Por Pedro Muniz
Imagem: Marília Randam
Foto: Marília Randam
Wilson Aragão é natural de Piritiba, município localizado na Chapada Diamantina. Além de compositor, Aragão é cantador e amante da roça, como ele mesmo diz. Gosta de acordar cedo “pra catar jenipapo e ver o sol nascer”. É um homem de fala mansa, aparência simples e olhar sereno.
Sua paixão pelo sertão está estampada em suas composições, criadas ao longo de mais de 30 anos de carreira. Colecionou parcerias ao longo desse período que musicaram seus poemas que, geralmente, possuem um tema em comum: a relação do homem com o campo, ou com o sertão. Ouça a pérola “Sertões e Sertões” e entenda.
Zé Ramalho já gravou música de Aragão (Guerra de Facão), assim como a cantora Tânia Alves, mas foi com Raul Seixas que o piritibano fez a sua obra prima:
Num planto capim guiné
Pra boi abaná rabo
Eu tô virado no diabo
Eu to retado cum você
Esses versos, escritos da forma que devem soar, da forma que o sertanejo fala, fazem parte da canção Capim Guiné, música que dá nome ao primeiro disco solo de Aragão e gravada pelo maluco beleza no disco “O Carimbador Maluco”, de 1983. No Blog Anarkilópolis XXI, você pode ler sobre a história dessa composição, e entender o que está por trás desse clássico da música popular brasileira.
A equipe do Soterópolis conversou com Aragão sobre seus anos de carreira e claro, sobre Capim Guiné. Assista no programa dessa semana, com depoimentos de parceiros como a cantora Roze, além de Paulinho Jequié, Pitt Aragão (filho de Wilson) e Raimundo Sodré.

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