sábado, 11 de outubro de 2014





                           Carlos Silva


Nascido em São Paulo, Carlos Silva encontrou suas raízes culturais no sertão da Bahia onde foi criado desde a meninice. E entre trovadores e cordelistas na vila de Itamira no município de Aporá, no interior baiano encontrou a magia da poesia popular.

Começou a cantar em 1978, ainda interpretando outros nomes da música Brasileira e Internacional. E logo depois sentiu necessidade de criar seu próprio estilo. “Foi aí que deixei a paixão pelo Nordeste falar mais alto [...]” diz Carlos Silva que se considera um “nordestino inverso”.

Ao longo dos anos foi construindo sua carreira baseada na lealdade a cultura de seu povo e no trabalho intenso.  Seguiu, inspirado por grande nomes com Luís Gonzaga,  Vital Faria, Xangai, Geraldo Azevedo e do Trio Nordestino e por importantes nomes da literatura como Zé Limeira, Patativa do Assaré, Gordurinha, Téo Azevedo, Assis Ângelo e Moreira do Acopiara.

Resultando em 2000 no lançamento de seu primeiro CD com produção independente e o primeiro folheto de cordel. Então pegou a estrada e viajou o país inteiro difundindo a cultura nordestina “que é tão bela e tão rica”.

Em 2003, lançou seu segundo CD intitulado “Retratando”, álbum que presta justa homenagem a todos os cordelistas, trovadores, cantadores e, em especial, a Mestre Vitalino e outros ícones da nossa cultura. Assumindo um tom ora lúdico ora crítico, as canções que compõem o disco reverenciam o artesanato, a linguagem e a poética do povo nordestino. Outro ponto debatido pelo compositor é a invasão lingüística e cultural promovida por países como os Estados Unidos, o que fica bastante evidente na canção ESTRANGEIRISMO, um sucesso absoluto composto em parceria com Sandra Regina.

Ainda em 2003 com apoio do Itaú Cultural e juntamente com a Cooperifa ( Cooperativa dos Poetas da Periferia – movimento literário da capital paulista do qual faz parte ) lançou a coletânea Rastilho de Pólvora, êxito que foi repetido em 2006 com o lançamento de um CD de poesias pela Cooperifa e duas canções compostas por ele em parceria com o músico Zé Riba fazem parte de um CD lançado na França pela gravadora Urban Jungle. “Brazil estamental (oito pilha! Hum real) foi uma música de grande sucesso nas rádios francesas”, destaca.

De lá pra cá, Carlos Silva segue viajando por esse Brasil, divulgando seu trabalho e cativando o público por onde anda com sua música que é acima de tudo verdadeira e abre espaços antes fechados pela exclusão e marginalização desta cultura.  “Lembro que até meados de 1994 era uma vergonha usar chapéu de couro e caminhar nas ruas de São Paulo” diz ele. Atualmente espaços como UNIP e UNIBAN (2006 e 2007) já prestigiaram de perto a arte deste Nordestino Inverso.

Carlos Silva também mantém o trabalho com os livretos de cordéis, tendo lançado entre 2005 e 2007 5 livretos e ainda têm muito mais guardados na gaveta à espera do lançamento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário