O poeta José Vicente da Paraíba chegava inesperadamente, quando Limeira abria a primeira baionada, sob o pretexto de "molhar a goela". Pontificando agora ao lado de José Vicente, o poeta do absurdo continua a ser aplaudido pela multidão que se avoluma, circulante, em torno da barraca. O talento de Agnelo Amorim extrapola neste momento romântico:
São frios, são glaciais,
os ventos da solidão.
os ventos da solidão.
E da inspiração de José Vicente, num relance:
Quando se sente saudade
Duma pessoa querida,
Dá-se um vazio na vida
E dói esta soledade...
Ninguém suporta a metade
Da dor do meu coração,
Lembrando o aceno de mão
Do amor que não voltou mais...
São frios, são glaciais,
Os ventos da solidão.
Duma pessoa querida,
Dá-se um vazio na vida
E dói esta soledade...
Ninguém suporta a metade
Da dor do meu coração,
Lembrando o aceno de mão
Do amor que não voltou mais...
São frios, são glaciais,
Os ventos da solidão.
FONTE: TEJO, Orlando. Zé Limeira, poeta do absurdo.
* Transcrito do site: jangadabrasil.com.br
* Transcrito do site: jangadabrasil.com.br
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