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A mostra ‘Hugo de Paula: Visões do Povo Brasileiro’ apresenta mais de 200 peças do artista pernambucano, entre desenhos e telas

Mostra revela legado desconhecido do artista pernambucano Hugo de Paula

Com entrada aberta ao público e incentivo do Funcultura, exposição está instalada na Galeria Janete Costa (Parque Dona Lindu/Recife)


Mais de 200 peças do artista pernambucano Hugo de Paula, nascido no município de Bom Jardim, ocupam a Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu, no Recife. A mostra‘Hugo de Paula: Visões do Povo Brasileiro’, que resgata a obra do artista pernambucano e apresenta de maneira inédita no estado seus desenhos e pinturas, segue aberta ao público até o dia 13 de novembro deste ano. A entrada é gratuita.
A exposição é uma parceria entre Lia Miceli López Lecube e Cleide Rocha de Paula (viúva de Hugo de Paula), o ICEI Brasil e o Instituto Cultural Raul Córdula, e conta com incentivo do Governo  de Pernambuco, por meio do Funcultura. Além da exposição, o projeto tem uma agenda de atividades de arte educação apta para todo tipo de público, inclusive para pessoas com alguma deficiência visual ou auditiva.
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A mostra resgata a obra do artista pernambucano e apresenta de maneira inédita no estado seus desenhos e pinturas
“O resgate da obra de Hugo de Paula tem muito a ver com nossa história recente, com o que a arte sofreu e supera durante décadas de luta, criação, silêncio, censura e perseguição. Este artista traz em suas composições essas leituras e vivências, de forma a enriquecer nossa cultura, e nosso conhecimento histórico, político e artístico”, diz Lia Miceli, que realizou a curadoria da exposição ao lado de Raul Córdula, com o acompanhamento de Cleide Rocha de Paula.
Seu legado artístico foi construído a partir da metade da década de 1930 até a primeira década do século XXI, preferindo a princípio o desenho como primeiro esboço da obra, para depois, entre os anos 1974 e 2005, passar para a tela. De acordo com Cleide Rocha de Paula, o desejo de montar essa exposição na capital pernambucana era um sonho antigo. “Eu falava que quando ele não estivesse mais nessa vida, eu saberia o que fazer com as obras. Sempre falei que começaria a mostrar no Recife, pois já tive oportunidade e fiz exposições das obras no  Rio de Janeiro. Ele tinha grande necessidade de expressar o que ele nunca esqueceu: suas raízes, os costumes, o folclore pernambucano, lembranças inesquecíveis como ele mesmo mostrou nos seus desenhos e pinturas”, revela.
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A concepção das obras de Hugo seguiu os traços do artista pernambucano, que era reservado, introvertido e discreto
A concepção das obras de Hugo seguiu os traços do artista pernambucano, que era reservado, introvertido e discreto. Tanto que a obra dele era inédita em Pernambuco e no Brasil, tendo sido exposta apenas três vezes no Rio de Janeiro na década de noventa. Apesar de ser um apreciador de artistas contemporâneos da sua época, como Manuel Bandeira, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Portinari, Goeldi e Santa Rosa, Hugo de Paula permaneceu dentro de seu próprio estilo, assinando cada obra com seu traço e cunho.
Serviço
Hugo de Paula: Visões do Povo Brasileiro
Galeria Janete Costa (Parque Dona Lindu, Boa Viagem)
Visitação até 13 de novembro de 2016 (Quarta a sexta, das 12h às 20h; Sábado e domingo, das 14h às 20h)
Gratuito