BENJAMIN ABRAHÃO,O RETRATISTA OFICIAL DE LAMPIÃO
Foi responsável pelo registro iconográfico do cangaço e do seu lider,Virgulino Ferreira da Silva-Lampião. Nasceu em Zahlé,Libano,em 1890.Foi fugindo da convocação obrigatório pelo Império Otomano de lutar durante a Primeira Guerra Mundial,que ele migrou para pátria tupininquim em 1915.andou pelos sertões nordestino como Mascate de tecidos e miudezas,além de produtos típicos ,primeiro na capital da provincia( Recife),depois para "Juazeiro do meu Padim"(Juazeiro do Norte),com dois burros(assanhado e buril)e um cavalo(de nome sultão),atraído pela grande frequencia de romeiros. O Árabe ,não era mesmo brincadeira e foi secretário de meu padim(Padre Cicero),e conheceu Lampião em 1926,quando este foi a Juazeiro do Norte a fim de receber a bênção do célebre vigário e a patente de capitão,para auxiliar na perseguição da Coluna Prestes. Uma vez que não se encontrou com Lampião em 1924,quando de outra visita sua a cidade,apesar de lá se encontrar.A nomeação fora feita,a mando do padre,pelo funcionário federal Pedro Albuquerque de Uchôa,segundo uma autorização dada ao deputado Floro Bartolomeu pelo próprio presidente Artur Bernardes - ordem que em nada adiantou,pois não foi respeitada nos demais estados,resultado que Lampião e seu bando jamais efetuaram perseguiu ao camarada prestes.Em 1929 Abrahão fotografou o lider cangaceiro ao lado do Padre Cicero. Após a morte de Padre Cicero,Abrahão solicitou e obteve de Lampião a permissão para acompanhar o bando na caatinga e realizar as imagens que o imortalizaram. Para tanto teve a parceria do cearense Ademar Bezerra de Albuquerque,dono da ABAFILM que,além de emprestar os equipamentos,ensinou o fotógrafo o seu uso.Por ao menos por duas ocasiões esteve junto ao bando de Lampião,no raso da catarina,no sertão baiano e no vilarejo de Bom Nome(distrito de São José do Belmonte/Pernambuco) realizando seu mister. Abrahão teve seus trabalhos apreendidos pela ditadura de Getúlio Vargas,que nele viu um antagonista do regime.Guardada pela familia Libanesa Elihimas,em Pernambuco, a pelicula foi analisada pelo DIP-Departamento de imprensa e propaganda,um orgão de censura daqueles tempos. O Sirio-Libanês,morreu em Serra Talhada com quarenta e duas facadas,sem que o crime nunca fosse desvendado,tanto na motivação quanto na autoria,donde especulam ter sido mais uma das mortes arquitetadas pelo regime Vargas,embora exista a versão que Abrahão teria sido vitima de roubo,por algum ladrão,apesar de com este nada haver de valor.No filme ," O Baile Perfumado ,dos cineastas Pernambucanos Lirio Ferreira e Paulo Caldas, a motivação da morte do fotógrafo é passional,durante o sono,tendo como execultor,um deficiente fisico.As únicas imagens do "Rei do Cangaço" e seu Bando, é obra de Benjamin Abrahão Botto,que desde então faz parte desta história.
Benjamin cumprimentando Lampião,foto batida por Juriti
Illmo Sr. Bejamim Abrahão
Saudações
Venho lhi afirmar que foi a primeira peçoa que concegui filmar eu com todo os meus peçoal cangaceiros,filmando assim todos us muvimentos de noça
vida nas catinga du sertões nordestinos.
outra peçoa não conceguiu nem mesmo eu consentirei mais.
Sem mais do amigo
Capm virgulino Ferreira da Silva
vulgo Capm Lampião.
Abrahão contou com verdadeiro trabalho de aproximação junto ao bando,para realização do filme,que fugia da perseguição cada vez mais feroz do governo. O encontro veio finalmente a ocorrer em um lugar chamado Bom Nome. Onde o cangaceiro,desconfiado,primeiro realizou ele mesmo a filmagem do mascate(em trecho que se perdeu) e só então consentiu que fosse filmado. Abrahão retorna a Fortaleza,onde este primeiro sucesso permiti-lhe obter mais rolos de filmes,e voltar para registrar o bandoleiro e sua caterva,sendo que o resultado dessa segunda incursão também se perdeu. Abrahão passou a ser considerado suspeito,pois além das filmagens,enviava matérias aos jornais,relatando suas aventuras-o seu conhecimento do paradeiro do bando era indicio por demais forte de seu envolvimento com este. Os trabalhos de Benjamin Abrahão permaneceram esquecidos até serem redescobertos nos anos 50,quando a fundação Getulio Vargas incorporou o acervo do DIP. No dia 7 de abril de 1937, o filme,Lampião,de autoria de Benjamin,em parceira com a ABAFILMES,foi apreendido com todas cópias e originais,em Fortaleza,Ceará. Ordem emanada por Lourival Fontes,então diretor do DIP- Departamento de Imprensa e Propaganda,orgão de censura do Governo Vargas.
William Veras de Queiroz - 2010 D.C - São José de Piranhas -PB
Nenhum comentário:
Postar um comentário