BILORA
Cantor. Compositor. Instrumentista.Violeiro. Nasceu no povoado de Córrego do Norte, a poucos quilômetros de uma aldeia dos índios Maxakali. Trabalhou na roça até a idade de 18 anos. Desde criança interessou-se por música gostando muito de ouvir no rádio músicas de Tião Carreiro e Djavan. Ainda adolescente aprendeu a tocar violão e, mais tarde, influenciado por amigos, aprendeu a tocar viola. Concluiu seus estudos primário e secundário na cidade de Santa Helena e em 1992 formou-se em Letras pela Fenord, emTeófilo Otoni. Em 1994, mudou-se para a cidade de Ataléia e lá começou a lecionar Português e Literatura Brasileira.
Começou a carreira artística participando de shows de calouros em cidade como Santa Helena, Machacalís, Águas Formosas e Umburatiba. Venceu alguns desses festivais. Passou a compor e a participar de festivais da canção e também foi premiado como compositor. Seu interesse pela viola foi despertado ao conhecer os violeiros Pereira da Viola e Josino Medina. Em 1995, tirou o 2º lugar no festival "Canta Minas - 95", organizado pela Rede Globo Minas, como melhor arranjo e melhor intérprete. Nesse ano, sua composição "História de Maxakali" fez parte do disco do Festival de Inverno da Bahia.
Em 1996, mudou-se para a cidade de Teófilo Otoni e passou a ministrar oficinas de música na Casa do Adolescente.
Em 1998, gravou seu primeiro disco, "De viola e coração". Nesse ano, foi o primeiro colocado no Festivale, na cidade de Itinga. Teve por essa época, a música "Prucutundá" gravada por Pereira da Viola.
Em 2000, lançou "Fuxico no Forró", seu segundo CD. Ainda nesse ano, foi o 3º colocado no Festival da Música Brasileira, da Rede Globo de Televisão. No ano seguinte, foi o segundo colocado no festival FEMP, em São José do Rio Pardo - SP, e recebeu o prêmio de melhor letra no festival de Americana, também em São Paulo. Ainda no mesmo ano, foi o 2º colocado no festival de Ilha Solteira - SP e foi premiado pela melhor letra. No Circuito Paulista de Festivais, na capital, que reuniu os premiados nos quatro melhores festivais do estado, ficou em 3º lugar.
Tendo se apresentado em inúmeros festivais, já recebeu cerca de 70 prêmios, entre os quais, três vezes o 1º lugar no festival de Cândido Sales, BA; duas vezes o primeiro no festival de Ipatinga, MG. Foi também premiado nos festivais das cidades de Malacacheta, Campanário, Joaíma e Nanuque, MG e Santa Teresa, ES. Recebeu ainda prêmios como melhor instrumentista, melhor arranjo e melhor letra em festivais de diferentes cidades.
Ainda em 2001, gravou "Tempo das Águas", seu terceiro disco, com destaque para a faixa-título, que foi premiada no Festival da Globo. Fez também regravações ao vivo num repertório que inclui forró, calango, canções e batuques. O disco contou com a participação dos músicos Emilia Chamone na percussão; André Lodi no violino; Anderson Oliveira no violoncelo; Cícero Gonzaga no acordeom; Luizinho Horta no baixo; Zeca Magrão na percussão; Adriana Moreira nos vocais e Leci Giovane na flauta. O CD teve a direção de Ângelo Rafael e arranjos de Wagner Tiso e contou ainda com as participações especiais de Tambolelê, na faixa "Tempo das Águas"; Mauricio Tizumba em "Larauê" e de Pereira da Viola na faixa "Soneto ao Luar". Fazem parte do repertório desse trabalho as faixas "Pedra da Cachoeira", "Catirina" e "Larauê", de domínio público; "Chico Mineiro", a clássica toada de Tonico e F. Ribeiro e as músicas "Prucutundá"; "Alma canora"; "Caipira blues"; "Tempo das Águas"; "Calafrio"; "Forró dos cafundéu"; "Calango excomungado" e "Soneto ao luar", todas de sua autoria.
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