segunda-feira, 20 de novembro de 2017



 BIGODE, O MESTRE DO MANEIRO-PAU


Quando iniciou brincando Maneiro-Pau em Juazeiro do Norte no Cariri Cearense nos idos de 1932, com um grupo formado por doze homens, onde interpretava músicas em reverencia ao Cangaço,a Coluna Prestes,Luiz Gonzaga,dentre outras "celebridades" nordestinas. É o Maneiro-Pau de Bigode,uma dança coletiva  animada por um improvisador de repentes ao som de um pandeiro,que mimetiza um combate travado entre caboclos,utilizando cacetes confeccionados com madeira de jucá.




O Maneiro-Pau foi um coco dançado inicialmente por negros escravos que aproveitavam os raros momentos de folgas/descanso para ensaiarem uma dança guerreira de ataque e defesa,para o caso de uma fuga. O Grupo do Mestre Bigode  sempre animava as festas de padroeira e o imaginário popular daquela região dos verdes vales. Manoel Antonio da Silva,o Mestre Bigode,não se deu por satisfeito como brincante,e já na década de 70 criou um grupo de Bacamarteiros. Bacamarte é uma arma de fogo de cano curto e largo,também conhecido como granadeira,reúna ou riúna, no nordeste brasileiro.





As granadeiras ou bacamartes que serviram na guerra do Paraguai,em 1865, foram modificadas para que as armas se adaptassem ao uso dos bacamarteiros nas festividades do interior. De um modo geral, o folguedo se constitui  de homens portando bacamarte,que são disparados com cargas de pólvora seca. Em homenagens aos santos padroeiros e cerimônias cívicas e politicas. Com sede em Juazeiro do Norte,o grupo de bacamarteito do Mestre Bigode alegra as aberturas de festas  populares com grande salvas de tiros.




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