segunda-feira, 25 de março de 2019

                 

GONZAGA DO REISADO DE GARANHUNS

No  Sítio Sussuarana zona rural de Garanhuns, nasceu Luiz 

Gonzaga. Nome de mestre, ele tem, além de ser conterrâneo 
de outro grande  da  música,   Dominguinhos.  Porém,  desde  
 1955,Gonzaga de Garanhuns, como é conhecido, escolheu o 
reisado,  folguedo  popular tradicional  do Agreste pernam -
bucano, e  a literatura de cordel para se   expressar   ar-
tisticamente. Quem   é   nascido  ou vive na cidade,
 possivelmente  já viu alguma das suas apresentações. Para 
comemo-rar   mais  de  meio  século  dedicado  à cultura po-
pular,     neste    mês   de   julho,   o   coletivo   garanhuense
Tear finaliza o documentário Gonzagade Garanhuns: o rei 
e o reisado, que narra a vida e obra desse íconeda região.
A  produtora  cultural  e  atriz Stephany Metódio já vinha 
sentindo a necessidade de produzir registros audiovisuais da
 história cultural da
sua  cidade.  Durante  uma  das  ações do Sesc, quando ela 
conheceumais  a  história  e  trajetóri de Seu Gonzaga, ime-
diatamente teve a ideia   de   produzir  um  documentário. 
“Quando me aproximei mais dele, na época que trabalhava 
com o Sesc, conversamos e, em seguida, ele levou um mon
te de documentos e fotos. Seu Gonzaga tem documentos
 históricos da cidade de Garanhuns e ele sabe dessa 
importância”, afirma a produtora.


Em Pernambuco, o reisado proveniente de Garanhuns é con-
siderado referência e devido à preocupação de cada vez mais 
registrar as manifestações culturais da cidade, o grupo Tear,
formando por Stephany e por outros artistas como Alexandre 
Revoredo, Efraim Rocha, Leo Silva, Katarina Barbosa, Renan 
Araújo – que assina a direção do documentário –, Andrezza
 Tavares e Fernanda Limão, juntaram suas habilidades e in-
screveram, em 2016, um projeto audiovisual no Fundo Perna
mbucano 




de  Incentivo à Cultura, na categoria de descentralização do 
audiovisual,  que  foi aprovado e teve início no ano seguinte. 
Eles pretendem circular  com  o documentário no Festival de 
Goiana, no de Triunfo e
no Festival de Inverno de Garanhuns, que acontece este mês.
Em   entrevista  à  Continente, Seu Gonzaga relembra alguns
 momentos marcantes de seus 73 anos de vida, que são reto -
mados no filme, a exemplo da cria
ção na roça pelo avô Valdivino Lopes, a primeira vez que viu
 uma apresentação do reisado com o Mestre José Pereira, em 
1954; ou quando participou do programa Som Brasil, de Rolando 
Boldrin, nosanos 1980, junto ao reisado do Mestre João Gomes. 
As motivações 
em perpetuar a cultura popular o fazem participar de diversas 
ações nas escolas de Garanhuns. “Nosso estado tem muitas ma-
nifestações populares e é isso que eu abraço, porque acho muito
importante ficar
 para Pernambuco. Por isso, estou formando crianças.”

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