quinta-feira, 19 de setembro de 2019


Francisco Solano Trindade nasceu no bairro de São José, no Recife. Filho do sapateiro Manuel Abílio, mestiço de negro com branca, e da quituteira Dona Emerenciana, descendente de negros e indígenas. Sua trajetória foi marcada pela valorização da estética negra e da cultura afro-brasileira. Politicamente sempre se colocou ao lado da população negra mais pobre, denunciando através de sua arte, principalmente, a discriminação e o racismo. Autodidata, leitor compulsivo, rapidamente tornou-se respeitado por contemporâneos como Carlos Drummond de Andrade. Foi cineasta, pintor, ator de cinema, homem de teatro, militante e, sobretudo, poeta.
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Hoje, 45 anos depois de sua morte, a obra de Solano dificilmente é encontrada em bibliotecas ou livrarias. Um dos sinais de sua existência é a estátua erguida no Pátio de São Pedro, no Recife. As poesias de Solano estão repletas de referências aos ritmos, costumes, religiões africanas, além de mitos e lendas do povo negro. Em Pernambuco, criou a Frente Negra Pernambucana e o Centro de Cultura Afro-Brasileira. Um dos seus legados mais importantes para as futuras gerações. Um nome que merece ser sempre lembrado, sendo uma grande referência. Em 2019, a @bienalpe traz o poeta como um dos seus homenageados. Viva Solano! 

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