quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

A gente já explicou a diferença entra clubes de frevo, troça e clube de bonecos. Hoje, o assunto é MARACATU. E se a gente contar que, apesar da presença da alfaia em alguns grupos, muitos não são considerados maracatus? Vamos aos fatos (rs)
Maracatu de Baque Solto são os grupos compostos por orquestras, ou seja, ao invés da alfaia usam instrumentos de sopro. A dama do paço, importante figura da manifestação, carrega a calunga feita de pano. Protegendo a agremiação está o Caboclo de Lança e seu cravo na boca. Qual o motivo do cravo? Ninguém sabe, segredo fechado a sete chaves. Pra quem nunca reparou, os caboclos protegem a agremiação, sempre desfilam ao entorno do cortejo. Muito comum nos desfiles, os grupos têm o costume de enfeitar o estandarte com flores. Podem reparar.

No Maracatu de Baque Virado estão os grupos ligados ao candomblé e a jurema sagrada, assim como o baque solto. Suas cores fazem referências aos orixás regentes. No baque estão instrumentos como: alfaias e agbês. Lembra da dama do paço? pois bem, ela também está presente no Maracatu de Baque Virado, só que, neste grupo, carrega a calunga de cera e/ou madeira.
Comum no Bairro do Recife e nas ladeiras de Olinda estão os grupos percussivos. Esses, diferentemente do Maracatu de Baque Solto e Virado, não seguem fundamentos religiosos. Na sua composição estão elementos parecidos com o Maracatu de Baque Virado, já que a presença das alfaias e agbês ficam evidentes. A Dama do Paço e sua calunga não se fazem presentes nos cortejos. Agora ficou mais fácil? Pernambuco é incrível até na formação de grupos. Cada um muito bem identificado. Massa demais, diga aí?
Fotos: Jan Ribeiro/ Secult PE - Fundarpe

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