domingo, 17 de janeiro de 2010


















MARACATU DE BAQUE-VIRADO

Algumas definições segundo alguns pesquisadores para a palavra Maracatu. Para os povos de origem indígena. Maracá, instrumento musical. Catu, bom, bonito. Outros acreditam que o nome Maracatu vem de Luanda, um nome africano. Alguns especialistas colocam que o termo “maracatu” foi colocado por alguns policiais, para definir a organização dos negros. O Maracatu do baque-virado é onde tem só percussão, que é o maracatu tradicional. Este também se apresenta ao longo do ano, não apenas no carnaval. O maracatu é um ritmo tradicional do Nordeste do Brasil. Em Recife e Olinda – Pernambuco desenvolveu-se há mais de 400 anos. Música e tradição dos escravos, um traço da cultura negra no Brasil. Um ritmo de origem africana, com elementos indígenas e portugueses, e que tinha no passado uma característica altamente religiosa. Mas o desfile do Maracatu do Baque Virado é uma grande cerimônia de coroação, da rainha e do rei, que são acompanhados por sua corte: príncipe, princesa, duques, baronesas, diversos elementos fazem o séqüito desta tradição. Durante o desfile, levam a boneca calunga, que simboliza as rainhas mortas. Desde o século 17, o maracatu é tocado mais ou menos como hoje, mas pela ausência de registros, tem uma história e um passado de difícil reconstituição. Em outras regiões passou a ser congadas, reizados, cambindas, que tem todo o registro de uma nação, ou seja, de um ritual de rei e rainha. A gente vai ter a calunga, que a diferencia do coco, reizado e das cambindas. A força deste ritmo em Pernambuco se deu nas décadas de 60 e 70. E ele permanece até hoje, e tem uma influência muito grande nos jovens que estão começando a vislumbrar a questão da cultura popular. No interior da Paraíba, Pombal, se ver os congos, as congadas, que é a coroação de rei. É uma festa de homenagem a Nossa Senhora do Rosário e é o mesmo ritual do maracatu, embora não tenha o mesmo peso festivo que tem o maracatu, que é no carnaval. Lá, o ritual é mais ligado à religiosidade. Mas em Recife-PE também temos esta tradição, na segunda - feira de carnaval, em frente a Igreja do Pátio do Terço, no bairro de São José, temos a noite dos tambores silenciosos. E o que é esta noite? É a reunião dos Maracatus de Tradição de Baque Virado ou Nação. Que se dá a partir da meia noite, a um sinal os tambores param, o silêncio por si só já reverencia o momento. E, de repente, se ouve uma voz lamuriosa tirar loas em louvor a rainha dos negros NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO. Em meio ao contagiante movimento das místicas figuras, o povo vai envolvendo-se nos passos marcados pelos tambores a atabaques. Esta tradição data mais de três séculos, tem em nossos dias o calor e as cores vivas de outrora. A origem desse ritual se encontra encravado nos idos do período colonial. Distante da terra natal, os negros pediam a proteção de NOSSA SENHORA na tentativa desesperada de amenizar as dores do cativeiro cruel. O Maracatu em PE não se apresenta apenas no Carnaval, atualmente temos o Maracatu Nação Pernambuco fundado no dia 15 de Dezembro de 1989, sendo este o grupo cultural de maior projeção no Estado. Apresentam-se durante todo ano, no segundo domingo de cada mês, com grupos convidados, no Mercado Popular Eufrásio Barbosa no bairro do Varadouro na entrada da cidade de Olinda.

Rosemary Borges Xavier-2010-D.C-Cajueiro-Recife-PE

Um comentário:

  1. MARACA EU
    MARACA EU
    MARACA TU
    MARACA TU
    RETRATO MUSICAL DE NOSSA CULTURA...

    ResponderExcluir