quarta-feira, 31 de outubro de 2012

                                                           



                                 BEATA MARIA DE ARAÚJO


Maria Magdalena do Espirito Santo de Araújo,mais conhecida como Beata Maria de Araújo,nasceu em 23 de maio de 1863,em Juazeiro do Norte,Ceará,foi uma religiosa,declarada beata pela devoção popular,mas não pela igreja católica.

Era filha de Antonio da Silva Araújo e Ana Josefa do Sacramento.
Desde pequena já levava uma vida árdua,tendo os seus pais falecidos logo cedo. Trabalhava com artesanato,fiando algodão e fazendo bonecas de pano para a venda.Padre Cicero mandava-a ensinar artesanato para  outras crianças. Também trabalhou numa olaria fazendo tijolos. Em 1885,aos seus 22 anos,passou a usar os hábitos de freira.Passou a ser considerada " beata " pelo povo após um retiro espiritual administrado pelo padre Cicero e pelo padre Vicente Sóter de Alencar.Por ser órfã, passou a residir na casa de padre Cicero,que tinha uma dedicação especial por ela. O fato mais importante de sua vida foi o milagre da hóstia acontecido em 1 de março de 1889. Ao receber a hóstia,em uma comunhão oficiada pelo padre Cicero,na capela de Nossa Senhora das Dores,a "beata" não pôde degluti-la,pois a hóstia  transformou-se em sangue. O fato repetiu-se,e o povo achou que se tratava do sangue de Jesus Cristo e, portanto,era  um milagre. O povoado de Juazeiro passou a ser alvo de peregrinação,pois a multidão queria ver a beata e tratava os panos manchados de sangue como objetos divinos. O jornalista José Marrocos divulgou o fato ocorrido e se tornou um arforoso defensor do milagre.A noticia rapidamente chegou ao ouvido do Bispo D.José Joaquim Vieira que chamou o padre Cicero a Fortaleza para esclarecer o acontecido. O bispo ficou introgado com o relato ouvido,mas,pressionado por alguns segmentos da Igreja Católica  que não aceitaram o relato,enviou dois sacerdote de sua confiança,os padres Clicério da Costa Lobo e Francisco Pereira Antero,para investigar os acontecimentos.Depois de algumas experiências e de ouvirem relatos de testemunhas,deram o caso como divino.
O bispo não gostou do resultado e convocou uma nova comissão constituída pelos padres Antonio Alexandrino de Alencar e Manoel Cândido,a qual concluiu não haver milagre. O relatório do inquérito foi enviado à Santa Sé,em Roma,e esta confirmou a decisão tomada pelo bispo. Maria de Araújo passou os últimos dias de sua vida enclausurada até falecer em 17 de janeiro de 1914. O local onde estão seus restos mortais é desconhecido.



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