quinta-feira, 8 de agosto de 2013


                                                             MESTRE  NADO

Mestre Nado é artesão e músico. A partir do barro, cria esculturas-instrumentos e sonoridades. Este universo particular pode ser visto na exposição “Mestre Nado - a terra, a água, o fogo e o sopro”, instalada no Paço Alfândega (Cais da Alfândega, Bairro do Recife) até 1º de setembro. Com curadoria de Caroline Leal e Ticiano Arraes, a mostra apresenta o trabalho de Aguinaldo da Silva, o Mestre Nado, artista popular olindense que faz brotar sonoridades do barro ao criar instrumentos de sopro e percussão.

A exposição é uma realização da ORBE, com incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura PE), do Governo do Estado de Pernambuco. Com caráter itinerante, o projeto já passou pelas cidades de Caruaru, Tracunhaém e Cabo.

Na mostra, o visitante pode conferir todos os objetos musicais criados pelo mestre como a Flauta Nado, o Raco-raco e o Bum d’água, entre outros. Além das peças de barro, a exposição traz uma documentação fotográfica que retrata o dia-a-dia do mestre no seu atelier, de autoria de Eric Gomes; e um documentário elaborado especialmente para a exposição.

Segundo a curadora Caroline Leal, na inventividade de Mestre Nado não existem fronteiras entre a música e a escultura. “Ambas compõem um mesmo projeto de arte inspirado pela vida de um menino crescido entre tornos e ladainhas, e de um Mestre que equilibra gênio e tradição, dominando o torno e os elementos de sua obra”.

Mestre Nado aprendeu a identificar o barro nas olarias. Trabalhando na fábrica de Francisco Brennand, dominou as fusões dos diferentes tipos de barro: branco, verde, vermelho e amarelo. Suas esculturas-instrumentos já foram usadas pela Orquestra Filarmônica de São Paulo e aparecem nas percussões dos conjuntos musicais que acompanham Ney Matogrosso, Milton Nascimento, Lula Queiroga e Alceu Valença.


Exposição “Mestre Nado - a terra, a água, o fogo e o sopro.
Local: Paço Alfândega – Cais da Alfândega, Bairro do Recife
Visitação gratuita: até 1º de setembro
Horário: De segunda a sábado, das 10h às 22h, domingos e feriados, das 12h às 21h.

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