KÁTYA TEIXEIRA
Cantora. Compositora. Nascida em família de músicos, sua mãe era cantora, o pai era aboiador, o avô era seresteiro, e, ainda, tinha tios e tias cantores. Um de seus tios, Eliezer Teixeira, é folclorista. Sua família criou o grupo Bando Flôr do Mato, que gravou discos e fez inúmeros shows, atuando com nomes como Inezita Barroso, Pena Branca e Xavantinho, João Pacífico e outros. A partir dos oito anos de idade, começou a estudar violão com professor Ari Colares, na ULM - Universidade Livre de Musica de São Paulo. Mais tarde, passou a estudar rabeca. Devido à influência musical de sua família, conviveu com nomes da música regional, como Vidal França, João Bá, Doroty e Dércio Marques, e Inezita Barroso.
Iniciou a carreira artística com apenas 11 anos de idade, quando subiu ao palco pela primeira vez, num festival de colégio, interpretando composições de seu avô. Aos 13 anos, juntamente como o pai Chico Teixeira, Dinho Nascimento e Sofia Mendonça, participou do LP "Fazenda", de Vidal França. Por essa época, fez shows com Vidal França. Em 1988, aos 17 anos, participou do Festival Universitário FIMP, saindo vencedora com a música "Kararaô", de sua autoria. Em 1993, passou a atuar profissionalmente. Em 1997, gravou seu primeiro CD, intitulado "Katxerê" pelo selo CPC-UMES, com direção musical de Vidal França, que ainda tocou violão, bandolim, percussão e participou dos vocais. O CD teve como destaque as composições "Passarinheiro", de Jean Garfunkel e Pratinha; "Aluarados", de Vidal França e Karina França; "Dia de festa", de Irene Portela, e "A lua girou", de domínio público, com adaptação de Zé do Norte. Desse CD, ainda fizeram parte as músicas "Kararaô" e "Fonte motriz", de sua autoria; "Brincando de roda", com Luis Carlos Bahia; "Nas teias da renda", com Cátia de França e Luis Carlos Bahia.; "Alagoando", com Eliezer Teixeira, e "Anauê", com Vidal França, "Mãe Áurea", tema folclórico adaptado por Vidal França; "Chapada dos Guimarães", de Renato Garcia; "Marianinha", de Vidal Franã e João Bá, e "Nove luas", de Ney Couteiro e Ekton Silva.
Depois dessa experiência, participou de inúmeros CDs: "Carrancas II"; "Ação dos Bacuraus Cantantes"; "50 anos de carreira de João Bá"; "Sertão e mar", de Vidal França e Mazé; "São Sebastião do Tijuco Preto", de Oswaldinho Vianna; "Concertoria", de Ney Couteiro; "Em cantos brasileiros", de Eliezer Teixeira; "Acústico", de Adalto Bento Leal; "Conterrâneos", de Carlinhos Piauí; "Mexericos da Rabeca", de José Eduardo Gramani; "Monjolear" e "Cantos da mata Atlântica", de Dércio e Doroty Marques; "Espelho D’água", "Cantigas de abraçar" e "Folias do Brasil", de Dércio Marques; e "Vuelvo para vivir - 25 anos - do Grupo Tarancón", entre outros. Em 2004, lançou o segundo CD de sua carreira, "Lira do povo", que foi fruto de ampla pesquisa das cantigas populares e folclóricas dos sertões brasileiro.Viajou pelo interior paulista, mineiro e nordestino, pesquisando cantigas populares. Registrou cantos de congadeiros e cantadeiras de Jequitibá, MG, como Zé da Ernestina, Dona Liça, Zé Paulino, e Irmandade N.S. do Rosário, entre outras. Contou ainda com as participações especiais de artistas populares de cidades como Laranjeiras, em Sergipe; São Paulo; São Gabriel, na Bahia; Paraíba; Maranhão e Pará. Para a realização desse projeto levou cinco anos de pesquisas, entre 1998 e 2003. Esse projeto contou com o apoio cultural da Prefeitura de Paracambi, RJ; Fundação Thobias Barreto, em Sergipe; das secretarias de Cultural e Educacão da cidade de Laranjeiras, em Sergipe; do Sindicato dos químicos e plásticos de São Paulo; e do Centro Universitário Municipal de São Caetano do Sul, em São Paulo. Nesse trabalho destacaram-se as músicas "Canto de fé", de Celso Machado e Márcia Accioly, e "De kekeke", um canto indígena.
No mesmo ano, fez a trilha sonora para o DVD "Nas asas de Mercúrio", de Kátia Ripani . Embora componha letra e música, tem parcerias com diferentes compositores, entre os quais, Vidal França, Mazé, Cátia de França, Eliezer Teixeira, Luiz Carlos Bahia, Juh Vieira, Dércio Marques, Daniela Lasalvia, Gildes Bezerra, e Ibis Maceió. Teve ao música "Canto de rua", com Vidal França, gravada pela cantora Mazé, e a toada "Anauê", outra parceira com Vidal França, gravada pelo grupo Trem de Minas. Em 2010, entre outros shows apresentou-se no Sesc São Caetano, em São Paulo. Em 2012, lançou o CD "Feito de Corda e Cantiga", de forma independente. O disco foi um resultado de anos pesquisa e de parcerias com compositores.
No repertório, constaram gêneros como choro-boi, fandango, moda de viola, afoxé, tambor de crioula, joropó, cantiga, samba, congo capixaba e congado. No mesmo ano, foi finalista do 23o Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor cantora de música regional, em função do álbum lançado. Em 2013, lançou o CD "2 mares", em parceria com o cantor e compositor mineiro Luiz Salgado. No disco, arranjado por eles, interpretou composições próprias e adaptações de temas populares de Brasil e Portugal. O álbum contou com a participação especial de Lilian Fulô, André Venegas, Cássia Maria, João Arruda e Déa Trancoso, além da portuguesa Susana Travassos e da galiciana Uxia, entre outros convidados.
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