Após seis dias de debates, oficinas e exibições audiovisuais no Cine Theatro Guarany (Triunfo) e ainda em Serra Talhada e Afogados da Ingazeira, o 10º Festival de Cinema de Triunfo chegou ao fim neste sábado (12), celebrando a pluralidade e o atual momento do audiovisual brasileiro.
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Premiados do Festival de Cinema de Triunfo

Marcado pela força de produções que iluminam questões como resistência política e social, vida no interior do Brasil, ocupação de espaços públicos, invisibilidade, gênero, vivência da sexualidade e intolerância religiosa, a décima edição do Festival deixa um legado positivo para circulação das obras e o pensamento sobre cinema.
Verner Brenan
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Mais de 3.200 pessoas conferiram a programação do festival
Realizado pelo Governo de Pernambuco (Secult e Fundarpe), em parceria com as Prefeituras Municipais, SESC, CEPE Editora, Consulado Geral da França e TV Pernambuco, o Festival contou ainda com o importante apoio de entidades como a Associação Brasileira de Documentaristas (ABD/APECI) e a Federação Pernambucana de Cineclubes.
Durante a cerimônia de encerramento, a Secretária Executiva Estadual de Cultura, Silvana Meireles, destacou aspectos como a inclusão dos municípios vizinhos na programação e a realização de diálogos sobre a interiorização da política para o audiovisual, a carreira das mulheres no cinema e a ocupação do Cine Theatro Guarany. “Estamos comemorando os 70 anos do Guarany com a alegria de, por meio do Programa Cine de Rua, ver esse equipamento voltando ao cotidiano cultural da cidade, funcionando de quinta a domingo com programação. Um debate realizado aqui no Festival reuniu diversos agentes culturais da região e, com o apoio desses parceiros, vamos ocupar este espaço de segunda a domingo, com ações de várias linguagens artísticas”, comentou Silvana.
A Secretária iniciou sua saudação reverenciando a trajetória do cineasta gaúcho Geraldo Moraes, falecido no último 5 de agosto. “Um grande realizador, gestor cultural, defensor da pluralidade e da regionalização e ainda uma pessoa responsável, em larga medida, pelas leis do audiovisual que temos hoje no contexto nacional”, destacou. Geraldo Moraes participou de duas edições do Festival. Em 2011, exibiu o longa “O Homem Mau Dorme Bem” e, em 2012, participou como membro do Júri Oficial.
A coordenadora geral do Festival, Milena Evangelista, que também coordena a política para o audiovisual da Secult-PE, fez um balanço positivo do evento e comentou que “o Festival se renova com o apoio dos parceiros e dos realizadores, que contribuem para a disseminação de novos olhares sobre o cinema e nos incentivam a avançar cada vez mais na interiorização e na garantia de fomento à produção audiovisual”.
O Prefeito de Triunfo, João Batista, agradeceu à realização do Festival na cidade, salientando que o evento “segue estimulando a cultura na região, especialmente nos estudantes”. José Manoel, Gerente de Cultura do SESC-PE, garantiu a continuidade da parceria com o Festival e as ações no Cine Theatro Guarany. Jeane de Larrard, do Consulado Geral da França, manifestou, em nome da instituição, a alegria em contribuir pela primeira vez com o Festival, “trazendo pro interior do Brasil um pouco da realidade do cinema francês”.
Verner Brenan
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Sessões para o público infantil envolveram estudantes da região
Mais de 3.200 pessoas participaram das ações do Festival, que contou ainda com a oficina Cinemando, facilitada pelo cineasta Kennel Rógis; e com um workshop deCrítica Cinematográfica, ministrado pelo pesquisador e produtor de conteúdo multimídia, Márcio Andrade.
Verner Brenan
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Participantes do workshop de Crítica Cinematográfica
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Turma da oficina Cinemando desenvolveu o curta ‘Alerta’, que estará em breve disponível aqui no portal
O 10º Festival de Cinema de Triunfo foi realizado em homenagem à atriz paraibana Zezita Matos, distribuiu R$ 24 mil em prêmios e concedeu 33 Troféus Caretas.
Confira os vencedores:

TROFÉU CINECLUBISTA DE MELHOR FILME PARA REFLEXÃO.
Nanã, de Rafael Amorim (PE)
Menções Honrosas:
Mãos de Barro, de Graciela Guarani e Alexandre Pankararu (PE)
O Som do Silêncio, de David Aynanm (BA)
FotogrÁFRICA, de Tila Chitunda (PE)
PRÊMIO ABD-PE/APECI
Nanã, de Rafael Amorim (PE)

Menções Honrosas:
Procura-se Irenice, de Marcos Escrivão e Thiago B. Mendonça (SP)
O Porteiro do Dia, de Fábio Leal (PE)
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PREMIAÇÃO DO JURI POPULAR
- Melhor Curta-Metragem da Mostra Competitiva dos Sertões:
Mãos de Barro, de Graciela Guarani e Alexandre Pankararu (PE)
Melhor Curta-Metragem da Mostra Competitiva Pernambucana:
Nina, de Alice Gouveia (PE)
Melhor Curta-Metragem da Mostra Competitiva Infanto Juvenil:
A Piscina de Caíque, de Raphael Gustavo da Silva (GO)
Melhor Curta-Metragem da Mostra Competitiva Nacional:
Procura-se Irenice, de Marcos Escrivão e Thiago B. Mendonça (SP)
Melhor Longa Metragem da Mostra Competitiva Nacional:
Mulher do Pai, de Cristiane Oliveira (RS)
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PREMIAÇÃO DO JÚRI OFICIAL DO FESTIVAL
CATEGORIA CURTA METRAGEM:
Melhor atriz:
Suzy Lopes, pelo filme Atrito (PB)
Melhor ator:
Carlos Eduardo Ferraz, pelo filme O Porteiro do Dia (PE)
Melhor Som:
Bruno Alves, pelo filme Atrito (PB)
Melhor Trilha Sonora:
Equipe do filme Òrun Ayé: A Criação do Mundo (BA)
Melhor Direção de Arte:
Lia Letícia, pelo filme Frequências (PE)
- Melhor produção:
Luiza Ramos, pelo filme Nanã (PE)
Melhor Montagem:
Marcos Escrivão e Thiago B. Mendonça, pelo filme Procura-se Irenice (SP)
- Melhor Fotografia
Pedro Andrade, pelo filme Nanã (PE)
Melhor Roteiro:
Tila Chitunda, pelo filme FotogrÁFRICA (PE)
Melhor Direção:
Andréia Pires e Leonardo Mouramateus, pelo filme Cando Vulgo Vedita (CE)
Melhor Filme da Categoria Curta-Metragem dos Sertões:
Sob o Delírio de Agosto, de Carlos Kamara e Karla Ferreira (PE)
Melhor Filme Infanto Juvenil:
Òrun Ayé – A Criação do Mundo, de Jamile Coelho e Cintia Maria (BA)
Melhor Filme Pernambucano:
O Ex-Mágico, de Olímpio Costa e Maurício Nunes
Melhor Filme da Categoria Curta-Metragem Nacional:
Atrito, de Diego Lima (PB)

CATEGORIA LONGA-METRAGEM NACIONAL
Melhor Personagem de Longa-Metragem | Troféu Fernando Spencer:
Giu Nonato, pelo filme Meu Corpo é Político (SP)
Melhor ator:
Armando Babaioff, pelo filme Homem Livre (RJ)
Melhor Atriz:
Maria Galant, pelo filme Mulher do Pai (RS)
Melhor Som:
Paulo Locatelli, pelo filme Mulher do Pai (RS)
Melhor Trilha Sonora:
Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos (PE)
Melhor Direção de Arte:
Adriana Borba, pelo filme Mulher do Pai (RS)
- Melhor Produção:
Equipe do filme Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos (PE)
Melhor Roteiro:
Cristiane Oliveira, pelo filme Mulher do Pai (RS)
- Melhor Montagem:
Renato Gaiarsa e Álvaro Furloni, pelo filme Homem Livre (SP)
Melhor Fotografia:
Heloísa Passos, pelo filme Mulher do Pai (RS)
- Melhor Direção:
Dea Ferraz, pelo filme Câmara de Espelhos (PE)
Melhor filme da categoria Longa Metragem:
Mulher do Pai, de Cristiane Oliveira (RS)