Graco Silvio Braz é um cantor e compositor completo,nasceu em 1955,Fortaleza, na capital Cearense, criativos nas duas funções. Passou vinte anos trabalhando nos bastidores da música, compondo e sendo gravado por artistas respeitados no cenário musical brasileiro. Fagner tem uma música de sucesso: Noturno que é assinada pelos irmãos Graco e Caio, essa música foi tema da novela global: Coração Alado. Balada de denso teor existencialista, encontrou profundo eco na sensibilidade popular.
Tornou-se uma espécie de “hino” no final da década de ’70 e imortalizada na preferência dos fãs de Fagner, hoje a música tem inúmeras regravações. Parceiro de seu conterrâneo Belchior, compositor emblemático da Geração Nordeste, tem gravadas 15 canções nos discos Melodrama, Elogio da Loucura e Baihuno, além de outras coletâneas. Ednardo, também referencial em sua formação, outro a gravar suas músicas, festejando esta identidade musical com sua participação especial na música “Eu e o Coqueiro”, em que divide, ou melhor, soma com Graco o canto do maracatu no seu CD inaugural, “Kizumba-Mass” pela gravadora Atração, como ele mesmo define, “uma viagem pelos sons de minha formação musical, uma viagem pelos sons das Américas”.
Além dos conterrâneos, citamos nomes como: Joana, que obteve grande sucesso com as músicas “Vertigem”, também em parceria com Caio Silvio, e “Espelho”, igualmente usada como tema de novela; Maria Alcina; Osvaldinho do Acordeom; Cláudia; Cláudia Barroso; Altemar Dutra, que deu sua versão personalíssima de “Noturno”; Núbia Lafaiete; Daniel Taubkin entre outros.
Graco é um músico Eclético e aberto à diversidade sem abrir mão da criatividade e sempre exposto à estreiteza do raciocínio daqueles que teima em fornecer crachás desse ao daquele gênero aos postulantes a sócio do clube MPB, Graco passou vinte anos tendo a música como uma profissão paralela, assegurando sua sobrevivência como redator publicitário, como colaborador de publicações culturais, como compositor de “jingles” desde sua vinda de Fortaleza para São Paulo em 1978. Antes de seu primeiro CD solo: Kizumba -Mass, acumulou participações em vários discos e coletânea soma hoje quase 70 registros de suas músicas, incluindo-se aí as regravações. Além da experiência de compor também para teatro. Depois de amadurecer o projeto de lançar seu primeiro CD, Graco não fez o óbvio esperado e feito por muitos, que é regravar os seus próprios sucessos, populares na voz de outras estrelas para garantir sua entrada sem riscos no cenário musical brasileiro, como se esperar.
Mas seu caráter inquieto, ousou, correndo o risco de não agradar. Regravou apenas Noturno, música cuja representatividade não lhe dava o direito de ser ignorada. Com 15 músicas o seu CD “Kizumba-Mass” apresenta novas sonoridades ao cenário da MPB. Os timbres e as palavras que compõem o universo desse “novo” nome em nossa música, têm um tom de ironia em algumas músicas e a busca de um humanismo em interpretações ora suaves ou despojadas, o autor se revela até a alma sem nenhum disfarce em todas as músicas.
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