sábado, 26 de agosto de 2017

UMA PROSA COM O PESQUISADOR/HISTORIADOR ALCINO ALVES COSTA O CAIPIRA POETA E VAQUEIRO DA HISTÓRIA DO CANGACEIRO DE POÇO REDONDO – SE

Por Sálvio Siqueira


“(...) Alcino Alves Costa – sobrinho do cangaceiro poeta Manoel Marques da Silva, o Zabelê -, nasceu em Poço Redondo – SE, e aí viveu intensamente como ativo protagonista e guardião de sua história contada numa dezena de livros. 

Filho de Ermerindo Alves da Costa e de Emeliana Marques da Costa, Alcino foi um politico que amava sua terra e costumes. Foi prefeito por três vezes do município de Poço Redondo – SE, deixou a política para se dedicar ao estudo do cangaço e das ricas tradições culturais de sua terra natal amada.

Grande contador de causos, um caipira como gostava de ser chamado, é referência obrigatória em se tratando de cangaço. Mesmo sendo um profundo conhecedor da saga lampiônica, não tinha a presunção daqueles que se consideram dono da verdade. Gostava de dizer, essa é a minha versão. 

O seu primeiro livro sobre o cangaço, já em terceira edição, teve o prefácio da professora antropóloga Luitgarde Barros, que escreve: “este livro não é de ficção”, pelo contrário, o livro tem como objetivo a desmistificação de alguns detalhes envolvendo um dos fenômenos social mais estudado do Brasil, o cangaço. Alcino é um grande contador de estórias ou histórias. Seus livros são muito bem escritos e referenciados com outros escritores da mesma saga. 

Muitas vezes Alcino corrige informações contidas em outros livros referência da saga do cangaço. É um escritor que escreve com paixão a dura realidade de um nordeste exsicado pelas longas secas onde sobrevivem as plantas cactáceas: xiquexique, macambira, quipá, mandacaru, cabeça – de – frade e facheiro. E por que não falar da árvores sagrada do sertão, o umbuzeiro. Árvore que mata a sede, serve de sombra e de refúgio para beatos e cangaceiros. A crueldade do bando de Lampião não é maior que a dos volantes. 

Muitas vezes existe uma migração de um lado para outro. Zé Rufino, por parte dos Volantes e, Lampião, por parte dos bandidos, foram os marechais do sertão e vinha do mesmo tronco familiar. Tanto volantes quanto os bandidos assustavam e espoliavam os homens que habitavam aquele estranho e perverso mundo(...).” (www.substantivoplural.com)
Mais uma produção do pesquisador cearense Aderbal Nogueira, o ‘Benjamin da atualidade’.

Aderbalvídeo

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