quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

                                          JUAZEIRO - BAHIA



O Jumento Santo (PARTE 1)





 O JUMENTO SANTO E A CIDADE QUE SE ACABOU ANTES DE COMEÇAR


O Jumento Santo e a Cidade que se Acabou antes de Começar é um curta metragem  produzido em Pernambuco,no ano da graça de 2007,gênero animação,colorido,com 11 minutos de duração,dirigido por Leo D e William Paiva.Utilizando personagens criados a partir de recortes de personagens de papelão.O curta destacou-se nos principais festivais nacionais.Construída com elementos de uma tipografia inspirada em literatura de cordel,a história conta a tentativa de Deus de criar uma cidade,Noite Feliz,como protótipo de mundo.
Quando Deus resolveu criar o mundo,as coisas não saindo como planejado. O sertão nunca mais será o mesmo,depois que o jumento Limoeiro vem a terra dar um jeito na humanidade,que depois de sucumbir à tentação do capeta,acaba botando o mundo em desordem.
O filme foi produzido no Estúdio de Animação Barros Melo,no Recife,Pernambuco.Com fotografia de Sebba Cavalcante e Ricardo Bicudo.Roteiro de André Muhle e Leo Falcão.Animação de William Paiva ,Sebba Cavalcante,Pedro Augusto e Leonardo Domingues.Música de Claúdio da Rabeca,William Paiva e Leo D.Montagem,Produção Executiva e Edição de Som de Leo D e William Paiva.Produção Executiva: Izabella Barros Melo e  Cleide Farias. O filme foi premiado no Festival de Vídeos de Florianópolis,em 2007.Melhor Animação,Prêmio Teleimagem e Melhor curta no Festival de Vídeo de Santa Maria-RS,em 2006.Foi premiado como Melhor Vídeo,Melhor direção , Melhor Roteiro e Prêmio da Crítica  no Cine Pernambuco em 2007. Menção especial no Federação Internacional de Cineclubes em Lisboa e Menção honrosa no CINEPORT-Festival de Cinemas de Países de Língua Portuguesa em 2007. O curta participou do Festival Internacional de Curtas em São Paulo,CURTA-SE - Festival Luso-Brasileiro de Curtas Metragens de Sergipe,Festival de Cinema de Maringá,Paraná,Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis,Cine Esquema Novo,Em Porto Alegre-RS,Mostra de Cinema de ouro preto-MG,MOSCA-Mostra Audiovisual de Cambuquira e festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo.






      TERNO DE REIS E CONGO NA BAHIA

Na Bahia a denominação  de "reisado",sem especificação maior,refere-se sempre aos ranchos,ternos,grupos que festejam o Natal e o dia de Reis. 
O reisado tanto pode ser apenas uma cantoria como também pode possuir um enredo ou uma série de pequeninos atos,encadeados ou não. 
Os participantes costumam usar roupas de tecidos vistosos,com ornamentos com areia brilhante,miçangas e outros detalhes. Os foliões de Reis imitam os Reis Magos,que viajaram guiados pela estrela de Belém.
O grupo pode sair todas as noites,do Natal até o dia de Reis,percorrendo as ruas,sítios ou residencias,sendo sempre bem recebido com seus cânticos. Compõe-se de tocadores de viola,caixa e pandeiro.
O congo é um auto popular brasileiro,de motivação africana,representando,no seu aspecto original,a coroação dos reis congos,que desfilam,cercados do bailado dos guerreiros. Não se tem pormenores sobre a dança dos congos ou reisados dos congos na Bahia.Mas,sabe-se que, em 6 de junho de 1760,foi apresentada a dança dos congos no paço do conselho da cidade de Salvador,festejando-se o casamento da princesa real,D.Maria I com D.Pedro III.
 O reinado de congo se compunha,então,de mais de 80 máscaras,com fardas ornamentadas de ouro e diamantes. 
as representações do Congo eram comuns em Portugal,durante as comemorações de Nossa Senhora do Porto.
 Na Bahia,atualmente,existe apenas o congo na cidade de Juazeiro,com adaptações que afastam do formato tradicional,entoando cânticos em louvor à virgem do Rosário,durante as suas comemorações,no último domingo do mês de outubro.
Estas manifestações são encontradas nos municípios de Alcobaça,Aratuípe,Barreiras,Conde,Conceição do Almeida,Ituaçu,Jacobina,Ibotirama,Morro do Chapéu,Lençóis,Palmeiras,Mucuri,São Felix,Porto Seguro,Santana,Santo Antonio de Jesus e Vitória da Conquista.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

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                     SERGIO RICARDO


O mariliense João Lutfi, que o Brasil todo conhece pelo pseudônimo de Sergio Ricardo (aí ao lado, em foto comigo no começo dos 90), está completando hoje 80 anos de idade.
Sérgio é um dos mais completos artistas brasileiros.
Ele praticou e ainda pratica um monte de profissões, entre as quais a de ator, instrumentista, locutor de rádio, cantor, compositor, roteirista e diretor de cinema.
Dentre seus filmes, talvez o mais conhecido - e aplaudido - seja A Noite do Espantalho, de 1974.
O primeiro que ele fez - um curta de 35 mm - data de 1962 e ficou em 2º lugar num festival realizado em San Francisco, Estados Unidos. Título: O Menino da Calça Branca.
Em 1964, ano do golpe que torturou, matou e fraturou o pensamento civil do País, Sérgio, a pedido de Glauber Rocha, compôs em 20 minutos a trilha sonora do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol.
Uma façanha, não?
Isso ele nos disse em 2008, durante encontro em que debatemos música, comportamento e política.
O encontro intitulado 1968: Cenas da Rebeldia, concorrido, ocorreu no Centro Cultural do BNB, em Fortaleza.
Como profissional da música, Sérgio Ricardo começou substituindo Tom Jobim numa casa noturna no Rio de Janeiro. 
No disco, pela extinta RGE, ele estreou cantando a toada Vai Jangada, de Geraldo Serafim e Newton Castro, e o samba canção Sou Igual a Você, de Alcyr Pires Vermelho e Nazareno de Brito, em setembro de 1957. 
Zelão, um de seus sambas mais famosos, lançado pela Odeon, foi gravado pela primeira vez, e por ele mesmo, no dia 31 de março de 1961.
Um dos momentos polêmicos e marcantes da vida de Sergio ocorreu na conturbada noite de 21 de outubro de 1967, durante a realização do III Festival da Música Popular Brasileira, no extinto Teatro Paramount, em São Paulo, quando sob uma tormenta de vaias ele transformou seu violão em cacos e o jogou à plateia em turbulência.
Parabéns, Sérgio, mais 80 procê.




DISCUSSÃO POLITICA CARACTERIZA O FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO DE RUA DO CEARÁ


A VIII edição do Festival Nacional de Teatro de Rua do Movimento de Agitação e Resistência da Cultura Popular  de Aracati no Ceará – Festmar que foi realizada no período de 05 a 08 de dezembro na cidade litorânea  Aracati tem como diferencial esse ano a defesa de 2% no orçamento do Município destinado para a cultura. Em diversas cidades do Ceará, os movimentos de culturas estão se articulando neste sentido, como é o caso da cidade do Crato. Outro ponto defendido no Festival é a criação de uma rede de grupos e coletivos de artistas da região nordeste com o caráter de contribuir no intercâmbio entre os artistas e o fortalecimento político e organizativo dos grupos.  

O Festmar vem se consolidando no Estado do Ceará. Esse ano reúne grupos de teatro dos Estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul.

O evento reúne 22 companhias e ocupam os espaços públicos da cidade como Praças e monumentos históricos do Patrimônio Artístico e Arquitetônico Nacional.

Para Teobaldo Silva, coordenador do Festmar, o evento surgiu em 1999, como um festival da cidade e posteriormente foi tendo uma abrangência nacional. Ele destaca que o evento ainda realizado com dificuldades financeiras. “Resistimos fazendo arte, pois acreditamos que ela é um instrumento político e desenvolvimentista importante para a população”, frisa Teobaldo.

Para Alexandre Lucas que integra o Programa Nacional de Cultura – PIA, uma rede de coletivos e artistas que trabalham com intervenções e performances,  é imprescindível a criação de canal de diálogo e mobilização política entre os artistas, como é a intenção do Festmar esse ano.     

O evento é apoiado financeiramente pelo Fundo Estadual da Cultura – FEC e conta com algumas parcerias locais, como  Casa da Cultura e uma empresa de contabilidade.                 

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

PASTORIL PROFANO - VELHO DENGOSO - RECIFE - PERNAMBUCO







      POETA LEANDRO GOMES DE BARROS




O paraibano Leandro Gomes de Barros,pioneiro na publicação de folhetos rimados,é autor de uma obra vastíssima e da mais alta qualidade,o que lhe confere,sem exageros,o título de poeta maior da literatura de cordel. Nascido na Fazenda Melancia,Pombal,Paraíba,em 19 de novembro de 1865,faleceu no Recife,Pernambuco,em 4 de março de 1917,segundo alguns pesquisadores,vitimado pela  influenza espanhola.Deixou um legado de cerca de mil folhetos escritos,iniciada em 1889,embora centro cultural algum registre tal façanha. Foi ,porém, o maior editor antes de João Martins de Athayde,que o sucedeu. O vigoroso programa editorial de Leandro levou a Literatura de cordel às mais distantes regiões,graças ao bem sucedido projeto de redistribuição através dos chamados agentes.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Câmara Municipal de Muqui




                         BOI  PINTADINHO


Folguedo do boi registrado em algumas localidades de Minas Gerais,sul do Espirito Santo,vindo provavelmente do estado do Rio de Janeiro,onde é mais conhecido. Os brincantes,organizados em cordões - azuis e encarnados -, representam personagens como amos,filhas,vaqueiro,caboclo,doutores,vigário,criados,doutores,sargentos e padres,além de Pai Francisco e Catirina, e entes míticos e animais: damas e galantes,babao e papangu,burrinha,caboré,ema,urubu. Durante o folguedo,batem maracás,cantam versos e podem dramatizar o episódio da morte e ressurreição do boi.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012



Cena de O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho,

O FILME O SOM AO REDOR ENTRA NA LISTA DOS MELHORES DO ANO DO NEW YORK TIME


O filme O Som ao redor,do diretor pernambucano Kléber Mendonça Filho,foi incluído na lista dos dez mais relevantes produzidos este ano  promovida pelo jornal norte-americano The New York Times. A premiada produção de uma relação composta por películas dirigidas por nomes como Steven Spielberg(Lincoln),Quantin Tarantino(Django Unchained) e Kathryn Bigelow(Zero Dark Thirty).
O longa estréia dia 4 de janeiro de 2013 em cinemas do Recife,São Paulo e Rio de Janeiro. A Vitrine,distribuidora da película no Brasil,recebeu convites de salas de projeção em Brasilia e Porto Alegre interessadas em exibir o filme. O longa mostra o cotidiano de uma rua de classe média na Zona Sul do Recife que ganha novo rumo após a chegada de uma milícia. O filme está em cartaz na Holanda e nos Estados Unidos. A estreia na Polônia também será em janeiro. Em 2013,já tem participação confirmada em festivais na Suécia,Turquia,Finlândia e Trinidad e Tobago.
O Som ao redor ganhou prêmios nos festivais de cinema do Rio de Janeiro(Melhor Filme),São Paulo(Melhor filme),Gramado(Melhor Filme pela critica,Melhor filme pelo público e Melhor Diretor),Roterdã,(Melhor critica) e Copenhague(Melhor Filme). Em janeiro, o longa ainda concorre no festival Cinema Tropical Awards,em Nova Iorque,nas categorias Melhor Filme,Melhor Diretor e Melhor Primeiro Filme.  O Som ao redor é um drama orçado em R$ 1,8 Milhões,valor considerado baixo para os padrões dos grandes sucessos brasileiros. A produção foi gravada na capital pernambucana.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012




                                                VÉIO



Cícero Alves dos Santos, o Véio, é um artista sergipano que utiliza a madeira para representar o seu olhar inusitado sobre o homem e a vida no sertão nordestino. Nascido no município de Nossa Senhora da Glória em 12 de maio de 1947, o artista recebeu o apelido de Véio, por que desde criança gostava de ficar junto aos mais velhos escutando suas conversas. Hoje, Véio é um nome dos mais destacados na arte popular brasileira, tendo participado de importantes exposições no Brasil e no exterior. Suas obras ainda fazem partem do acervo de muitas galerias dedicadas à arte popular, assim como de muitas coleções particulares.
Véio começou a expressar sua admiração pelo sertão nordestino utilizando a cera de abelha, mas logo que “descobriu” a madeira, deixou a cera de lado e começou a expressar sua visão do sertão através da escultura em madeira: Eu comecei bem criança. Aos 5 anos, já fazia coisinhas com cera de abelha, que parece uma massa de modelar, mas, com o progresso chegando, as abelhas manduri foram embora. Depois tentei o barro. Não achei que era bom, porque tem que levar no fogo e aí deixa de ser barro. Então tentei a madeira. Aqui tem muita. A gente vai pegar nos loteamentos que abrem, nas derrubadas que fazem por aí, conta Véio. O Sítio Soarte, Museu do Sertão, criado por ele ao lado de sua casa, recria a vida do sertanejo e traz para os visitantes, esse universo do sertão nordestino através de obras como, a Casa de Farinha, a Casa de Profissões, a Igreja e o Sítio Caduco. O Soarte se localiza na BR 206, entre os municípios sergipanos de Nossa Senhora da Glória e Feira Nova, na altura do Km 8. Quem passar pelo lugar vai se deparar com um cenário curioso, formado por esculturas em madeira bruta que representam manifestações socioculturais criadas pelo olhar de Véio. São peças grandes, médias, pequenas e minúsculas. São noivas, grávidas, seres imaginários, chapéus de couro, utensílios domésticos, máquinas rústicas, roupas e acessórios que fazem parte da vida do sertanejo. Autodidata, Véio conta que a inspiração para sua obra foi dada por Deus: Quando a inspiração chega, posso criar qualquer coisa que esteja na mente do povo, desde a Marquês de Sapucaí às lendas e realidades do homem sertanejo. Vou em busca do material e deixo a imaginação tomar conta, pois temos muita riqueza a nível de história e cultura, conta o artista. Em suas obras, o artista tenta fazer uma espécie de alusão ao ciclo da vida: Digo que as peças novas trazem o valor da juventude e as velhas, já frágeis, que vão se destruindo pela ação da natureza, trazem a parte final da vida, explica Véio. Assim, suas peças, expostas a sol e chuva, têm vida curta, adoecem, envelhecem e morrem.

Além do seu museu particular, Véio tem peças espalhadas em vários lugares do mundo e do Brasil. No Brasil, suas obras podem ser encontradas no Memorial de Sergipe e no Museu da Gente Sergipana (Aracaju, SE). no Museu do Folclore Edison Carneiro (Rio de Janeiro, RJ), na Galeria Estação (São Paulo, SP), Museu do Homem do Nordeste (Recife, PE), na Galeria Pé-de-boi (Rio de Janeiro, RJ), entre outros. Além de livros de arte, a obra de Véio já foi retratada em cinco documentários. São eles: “Véio - Tradição e Comtemporaneidade”, “Nação Lascada de Véio”, “A Glória do Sertão”, “Véio – O filme”, “O Universo Simbólico de Véio” e a “Cavalhada de Poço Redondo”.