domingo, 31 de março de 2013

Marcelo Caldi – Foto Sérgio Bondioni


Época de Ouro recebe o músico Marcelo Caldi na Sala Funarte Sidney Miller (RJ)

Show em homenagem a Luiz Gonzaga faz parte do projeto Música na Cidade




O acordeonista Marcelo Caldi, que também é integrante do grupo LiberTango, será o convidado do conjunto Época de Ouro, no próximo dia 1 de abril, às 17h, na Sala Funarte Sidney Miller, no Centro do Rio. O músico, vencedor do Prêmio Funarte Centenário de Luiz Gonzaga, é considerado um dos responsáveis pela revitalização da sanfona e fará uma homenagem ao Rei do Baião. O show é transmitido ao vivo, pela Rádio Nacional AM (1.130KHz) e tem entrada gratuita. A apresentação semanal do Época de Ouro faz parte do projeto Música na Cidade, realizado pela Funarte.
As músicas “13 de Dezembro”; “Araponga”; “Pisa de Mansinho”; “Véspera de São João”; “Impertinente”; “Sanfonando”, “Luar do Nordeste” e “Seu Januário”, de Luiz Gonzaga, são alguns dos destaques do repertório que será apresentado por Caldi.
O Prêmio Funarte Centenário de Luiz Gonzaga, conquistado pelo músico, viabilizou o lançamento do CD e do livro de partituras cifradas dos choros compostos por Gonzagão nos anos de 1940, “Tem Sanfona no Choro”, editados pelo Instituto Moreira Salles (IMS). No CD, Marcelo faz a releitura de  sucessos como: “Qui nem jiló”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira; “Vida de viajante”, de Luiz Gonzaga e Hervé Cordovil, dentre outros.
O conjunto Época de Ouro é formado por Jorginho do Pandeiro (diretor musical), Jorge Filho (cavaquinho), Ronaldo do Bandolim, Antônio Rocha (flauta), Toni Sete Cordas (violão de sete cordas) e André Belieni (violão). No show desta segunda (1º), o grupo apresenta “Praga de Sogra”, de Altamiro Carilho; “Sorris da minha dor”, de Paulo Medeiros; “Vê se gosta”, de Valdir Azevedo; “Rato Rato”, de Casemiro Rocha e Claudino Manuel Costa; “Simplicidade”, de Jacob do Bandolim; “Saudações”, de Otávio Dias Moreno; “Página de dor”, de Cândido das Neves (Índio) e Pixinguinha; “Curare”, de Bororó; “Sonoroso”, de K-Ximbinho; “Saudade de Ouro Preto”, de Antenógenes Silva e Alvarenga; “Mistura e Manda”, de Nelson Alves, “Deixa pra lá”, de Dante Santoro e “Cuidado com ele”, do músico José Toledo. Cristiano Menezes apresenta o programa, que também recebe pedidos de músicas dos ouvintes.
Sobre o acordeonista Marcelo Caldi
Desde o início da carreira, há 14 anos, Marcelo Caldi vem se dedicando a pesquisar e experimentar diversos estilos e tendências: o forró e o choro, o xote e o maxixe, o tango e o baião, o clássico e o popular. O resultado é uma trajetória artística marcada pela versatilidade e ousadia na criação de um diálogo inovador e contemporâneo junto aos precursores do chamado “choro nordestino”, sem dispensar as pitadas contemporâneas de jazz e o improviso, um dos destaques de seu show. O músico já se apresentou ao lado de grandes nomes da música como Gilberto Gil, Chico César, Elba Ramalho, Chico Buarque e Elza Soares, Zé Calixto, Geraldo Azevedo, Fabiana Cozza e Daniel Gonzaga, além de atuar como solista de acordeon em concertos com as orquestras Petrobras e Sinfônica do Recife.
Sobre o conjunto Época de Ouro
O conjunto Época de Ouro teve grande importância no movimento de resistência do choro na década de 1960, quando a bossa nova reinava quase absoluta no cenário musical brasileiro. Com o falecimento de seu fundador, Jacob do Bandolim, em agosto de 1969, alguns compromissos foram adiados e o conjunto somente retomou suas atividades em 1973, a convite de Paulinho da Viola, para participar do espetáculo “Sarau”, no Teatro da Lagoa. Foi dali que surgiu o Clube do Choro, idealizado por Paulinho da Viola e Sérgio Cabral, e todo um movimento no país em busca de dar maior visibilidade ao choro.
Toda segunda-feira, das 17h às 19h, a Sala Funarte Sidney Miller recebe o Época de Ouro e seus convidados, para o programa da Rádio Nacional, aberto ao público e com entrada franca. A utilização do espaço resulta de uma parceria entre a Fundação Nacional de Artes e a  EBC – Empresa Brasil de Comunicação. Antes, o show era transmitido do auditório da Rádio Nacional, que atualmente passa por reforma. Foi no prédio da emissora, na praça Mauá, Centro do Rio, que muitos talentos da música foram revelados.
Projeto Música na Cidade – Programa Época de Ouro
Convidado da Semana: Marcelo Caldi



POETA SEBASTIÃO DIAS


Ouro Branco,é um município situado no Sertão do Seridó, no estado do Rio Grande do Norte.Foi nesta pequena cidade potiguar onde nasceu em 13 de setembro de 1950,Sebastião Dias Filho. Na escolha do oficio teve uma grande influência da sua família por serem ligados a cantoria de viola. No início foi um pouco difícil porque seu pai tinha medo dele disputar com outros cantadores e não sair vitorioso. Mas depois com o tempo tornou-se um ótimo cantador.
O menino Tião começou a cantar aos 16 anos de idade e logo foi  embora para a terra da garôa.Lá  chegando começou a cantar como profissional aos 22 anos. Passou um bom tempo cantando com os poetas  Severino Feitosa,Fenelon Dantas,entre outros. Em seguida fez dupla com João Paraibano.Sebastião Dias teve programa nas  rádio de Tabira e Afogados da Ingazeira,no Sertão do Pajéu de Pernambuco. Participou de mais de 600 festivais de cantoria,sendo classificado com o primeiro lugar em vários.Sebastião Dias Tem 5 LPs gravados,com Ivanildo Vila Nova,João Paraibano e Zé Cardoso.01 CD gravado com Sebastião da Silva e Geraldo Amâncio,2 Cds gravados com sanfona e viola,ambos só de canções.
   
Violeiros do sertão do Pajeú se uniram para defender o instrumento e comemorar a vitória do poeta e repentista Sebastião Dias
Foto: O Globo / Hans von Manteuffel
Na eleição municipal de 2012,Sebastião Dias Filho,foi eleito prefeito da cidade de Tabira,município,situado no Sertão do Pajéu.


sábado, 30 de março de 2013

Foto: Cultura.PE | Cultura Livre nas Feiras

Dias 30 de março e 1º de abril, o projeto Cultura Livre nas Feiras passa por Gravatá, Caruaru, Bonito, São José do Egito, Salgueiro e Serra Talhada. Acontecerão nas feiras livres dessas cidades: apresentações musicais (violeiros, repentistas, banda de pífano, samba, forró, MPB), recitais de poesia, exposições de artesanato, mostras fotográficas.

Realizado pela Secretaria de Cultura do Estado e Fundarpe, desde o fim de 2011, o projeto faz daqueles artistas que geralmente não têm visibilidade, as atrações principais do evento. "E qual lugar melhor pra isso acontecer do que uma feira livre? Lugar mais democrático impossível", ressalta Cajá Freire, um dos assessores do projeto. 

Confira abaixo programação completa do evento, com acesso gratuito. 

AGRESTE

Gravatá - Mercado Gastronômico
Sábado, 30/3
09h - Apresentação de MPB (Dhea Damasceno)
11h - Apresentação de Samba (Conjunto Regional Samba Matuto)         
13h - Apresentação de MPB (Thaiza)

Caruaru - Mercado da Farinha
Sábado, 30/3
08h - Apresentação de Violeiros (Josenildo França e Antonio Marques)
10h - Apresentação de Humoristas (Coronel Cornelho e Carmosina)
11h - Apresentação Musica Nordestina (Banda Ritmo do Nordeste)
13h - Apresentação de Forro (Trio Forro Pé de Calçada)
14h - Apresentação de Forro (Dércio Luis e Banda)

Bonito - Mercado Gastronômico
Sábado, 30/3
08h - Mostra fotográfica Cultura e Turismo (Gefesson Monteiro)
09h - Apresentação de Pifano (Gilson do Pife)
10h - Apresentação de Forro (Pedro de Quilongá)
11:30h Animação Cultural (Mateus e Catirina)

SERTÃO

São José do Egito - Feira Livre
Sábado, 30/3
09h - Dupla de Repentistas (Afonso Pequeno e Arnaldo Pessoa)
10h - Apresentação de Forró (Forrozão Pappo Federal)
11h - Apresentação de Samba (Grupo Estação do Samba)

Salgueiro - Feira Livre
Sábado, 30/3
09h - Recital de Poesia (Josenilton da Silva)
09h - Exposição do Grupo de Artesanato Mamulengo
09h - Exposição de Artesanato (Lourdinha)
10h - Apresentação Musical (Aércio Boggio Entre Elas)

Serra Talhada - Feira do Centro
Segunda, 1/3
09h - Apresentação Musical (Cícero de Souza)
10h - Apresentação Musical (Damião Enesio)
11h - Apresentação de Forró (Limeirada do Forró)

 Cultura Livre nas Feiras

Dias 30 de março e 1º de abril, o projeto Cultura Livre nas Feiras passa por Gravatá, Caruaru, Bonito, São José do Egito, Salgueiro e Serra Talhada. Acontecerão nas feiras livres dessas cidades: apresentações musicais (violeiros, repentistas, banda de pífano, samba, forró, MPB), recitais de poesia, exposições de artesanato, mostras fotográficas.

Realizado pela Secretaria de Cultura do Estado e Fundarpe, desde o fim de 2011, o projeto faz daqueles artistas que geralmente não têm visibilidade, as atrações principais do evento. "E qual lugar melhor pra isso acontecer do que uma feira livre? Lugar mais democrático impossível", ressalta Cajá Freire, um dos assessores do projeto.

Confira abaixo programação completa do evento, com acesso gratuito.

AGRESTE

Gravatá - Mercado Gastronômico
Sábado, 30/3
09h - Apresentação de MPB (Dhea Damasceno)
11h - Apresentação de Samba (Conjunto Regional Samba Matuto)
13h - Apresentação de MPB (Thaiza)

Caruaru - Mercado da Farinha
Sábado, 30/3
08h - Apresentação de Violeiros (Josenildo França e Antonio Marques)
10h - Apresentação de Humoristas (Coronel Cornelho e Carmosina)
11h - Apresentação Musica Nordestina (Banda Ritmo do Nordeste)
13h - Apresentação de Forro (Trio Forro Pé de Calçada)
14h - Apresentação de Forro (Dércio Luis e Banda)

Bonito - Mercado Gastronômico
Sábado, 30/3
08h - Mostra fotográfica Cultura e Turismo (Gefesson Monteiro)
09h - Apresentação de Pifano (Gilson do Pife)
10h - Apresentação de Forro (Pedro de Quilongá)
11:30h Animação Cultural (Mateus e Catirina)

SERTÃO

São José do Egito - Feira Livre
Sábado, 30/3
09h - Dupla de Repentistas (Afonso Pequeno e Arnaldo Pessoa)
10h - Apresentação de Forró (Forrozão Pappo Federal)
11h - Apresentação de Samba (Grupo Estação do Samba)

Salgueiro - Feira Livre
Sábado, 30/3
09h - Recital de Poesia (Josenilton da Silva)
09h - Exposição do Grupo de Artesanato Mamulengo
09h - Exposição de Artesanato (Lourdinha)
10h - Apresentação Musical (Aércio Boggio Entre Elas)

Serra Talhada - Feira do Centro
Segunda, 1/3
09h - Apresentação Musical (Cícero de Souza)
10h - Apresentação Musical (Damião Enesio)
11h - Apresentação de Forró (Limeirada do Forró)

quinta-feira, 28 de março de 2013



 PAIXÃO DE CRISTO DE NOVA JERUSALÉM


A temporada 2013 da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém,começou dia 21 de março. Pelo segundo ano consecutivo,o papel principal é feito pelo pernambucano José Barbosa. Outra pernambucana,Luciana Lyra,interpreta Maria.Entre os artistas conhecidos nacionalmente estão Marcos Pasquim,no papel de Herodes,Carlos Casagrande,como Pilatos,e a bela Carol Castro,vivendo Madalena. Todos encaram a estreia com segurança. Este ano,tem várias novidades,entre elas a ampliação e arborização da área da frente do teatro. A muralha frontal também foi iluminada, e  o espetáculo conta com o dobro da iluminação cênica.
Destaque para os cavalos Lusitanos,vindos de São Paulo,embelezam cenas como a que aparece a cavalaria do governador Pôncio Pilatos e a cena do calvário. A tecnologia e as inovações tornam o espetáculo ainda mais emocionante. Pela primeira vez , a Sociedade Teatral Fazenda Nova está disponibilizando equipamentos que permitem aos turistas estrangeiros acompanhar a peça ouvindo o áudio em inglês. Nas apresentações de ontem e de hoje deficientes visuais e auditivos contam com equipamento do espetáculo. Cadeirantes também têm espaços especiais nesses dois dias.
O espetáculo da Paixão de cristo de Nova Jerusalém conta a história dos últimos dias de Jesus,começando pelo sermão da montanha e terminando com a morte,ressureição e ascensão aos céus. Tudo se desenrola em nove palcos da Jerusalém da época de Jesus. Segundo os organizadores,mais de 500 pessoas,entre atores e figurantes,participam da encenação.A direção artística é de Carlos Reis e Lúcio Lombardi.

quarta-feira, 27 de março de 2013




SEU ELIAS


Elias Francisco do Santos,o Seu Elias,nasceu em Caruaru,em 1924,no agreste pernambucano.Pertencente a uma família que ajudou a fundar a comunidade do Alto do Moura,ele é considerado o primeiro discípulo de Vitalino; começou a trabalhar com o barro quando tinha apenas 10 anos de idade.Depois de trabalhar grande parte de sua juventude na arte figurativa,abandonou o oficio e se mudou para o Recife. Depois de aposentado retornou ao Alto do Moura onde se encontra em plena atividade aos 86 anos de idade.
 No começo os trabalhos de Seu Elias eram praticamente cópias de Vitalino e dos demais artesãos do Alto do Moura que também copiavam o mestre. Ainda hoje uma boa parte das peças produzidas por Seu Elias se confundem com as demais produzidas por outros artesãos.
Porém,existem algumas peças criadas por ele que facilmente o identificam,são  elas: o São Jorge,o pavão,o jumento,o carneiro e o bode.Os animais de Seu Elias são bastantes diferentes daqueles produzidos pelos demais artesãos do Alto do Moura,parecem de verdade.
 
O São Jorge é outra imagem que o artista tem grande apego e admiração;são necessário  quatro dias de dedicação para terminá-la. Segundo ele a perfeição da peça é o que interessa.




terça-feira, 26 de março de 2013


Estatua de Inácio da Catingueira,Catingueira-PB



INÁCIO DA CATINGUEIRA

Inácio da Catingueira,  escravo do fazendeiro Manuel Luiz, foi cantador lendário e citado orgulhosamente por todos os improvisadores do sertão. Seus dotes de espírito, a rapidez fulminante das respostas, a graças dos remoques, a fertilidade dos recursos poéticos, a espantosa resistência vocal, ficaram celebrados perpetuamente. Sendo negro e analfabeto não trepidou enfrentar os maiores cantadores do seu tempo, debatendo-se heroicamente e vencendo quase todos. Foi o único homem que conseguiu derrubar o mais famoso repentista da época, Romano da Mãe D’Água, depois de cantarem juntos oito dias em Patos, luta que é a página mais falada nos anais da cantoria sertaneja. Inácio nasceu no dia de santo Inácio Loiola, 31 de julho, na fazenda e povoação de Catingueira, perto de Teixeira, Ribeira do Piancó, no Estado da Paraiba, e faleceu aí, sexagenário, em fins de 1879.  
 O nome certo do local onde nasceu Inácio, no século XIX, é Sítio Marrecas, como escravo de Manoel Luiz de Abreu, mas também foi cativo por herança de Francisco Fidié Rodrigues de Sousa, genro do mesmo. No inventário, Inácio da Catingueira, constou como bem, em valor de 1.200$000 (um conto e duzentos mil réis). Tal partilha foi procedida na residência do senhor Nicolau Lopes da Silva, filho da viúva Ana Joaquina da Silva, em 13 de fevereiro de 1875, oportunidade em que Inácio da Catingueira já contava 30 anos de idade e era considerado um imenso bem humano. No dia 22 de março, em seguida à partilha, o inventário foi homologado pelo juiz, dr. João Tavares de Melo Cavalcante Filho. O histórico documento encerrou-se com distribuição das custas aos serventuários da justiça, em 21 de abril do mesmo ano. 
 Nas pesquisas e informações que obtivemos através de Gervásio da Silva, de Saloá, Pernambuco, se desencontram apenas a idade de Inácio. Umas fontes trazidas por ele, dizem que Inácio morreu com mais de 60 anos, vitimado por pneumonia; e outras dizem que ele, vitimado pela mesma doença, haveria morrido com pouco mais de 30 anos. Pelo sim, pelo não, resolvemos manter as duas datas. 
 Inácio da Catingueira, analfabeto, teve como grande trunfo para conseguir a liberdade, o talento poético, com o qual sensibilizou o seu senhor. Não chegava a ser impedido de se ausentar da morada para qualquer viagem, por mais que demorasse e, ainda por cima, era dono de tudo o que conseguia como sua humildade artística. 
 O acontecimento que o tornou conhecido é tido também, como a maior peleja entre dois repentistas já ocorrida no Nordeste. O desafiante seria outro poeta, não escravo e já afamado, conhecido por Romano da Mãe D água, e tal embate se daria na cidade de Patos. A primeira vez que Inácio se deparou com aquele que seria um parceiro por muito tempo, foi registrada na casa de Firmino Aires, oportunidade em que se fazia acompanhar de um grupo proveniente de sua terra. O objetivo era apenas conhecer o homem tido como grande mestre. Levado para a presença do Rei dos Repentes, empunhando o seu pandeiro, Inácio foi desafiado por este, e o célebre desafio entre os dois cantadores e que sagrou Inácio o campeão inconteste, durou oito dias, garantindo público, em praça pública de Patos, nas redondezas da tradicional feira, proximidades da Igreja da Conceição. A partir daí, ficaram companheiros e, por onde passava a dupla, arregimentava verdadeiras multidões. 
 Inácio da Catingueira, segundo a outra fonte, veio a falecer acometido de pneumonia, em conseqüência de trabalhos no campo, época da queima de brocas, com  pouco mais de trinta e três anos de idade. Seu corpo não foi sepultado na Fazenda, como de praxe faziam com os escravos. Repousa em uma praça, no centro da cidade, a qual leva o seu nome, tendo, inclusive, uma estátua em sua homenagem. 

segunda-feira, 25 de março de 2013




 MESTRE MOISÉS DO COCO



Mestre Moisés,pescador,herdou de seus antepassados indigenas a tradição do côco(dança de trabalho de origem africana que inclui uma roda animada pela batida de um ganzá ou um caixão,além de um desafio de sapateado com a umbigada),dança que conhece desde a infância,por influência de seu avô.Ele vem mantendo a manifestação e já introduziu os filhos na "brincadeira" na tentativa de perpetuá-la no âmbito da família como vem se processando há quatro gerações. Moisés criou inclusive uma escolinha em Trairi,cidade onde nasceu em 26 de março de 1945,Moisés criou inclusive uma escolinha para repassar a dança,tendo iniciada com 50 participantes entre crianças e adolescentes da própria localidade,iniciativa que ganhou projeção na comunidade. Tradicionalmente a dança do Côco de Lagoa do Alagadiço é realizada com um grupo de 15 brincantes adultos. Os passos,o ritmo,o movimento corporal tem relação com universo do trabalho rural.


domingo, 24 de março de 2013

João Bá - A vertente pura da cultura popular

Fábio Sombra




                        FÁBIO SOMBRA



 Escritor ,poeta e ilustrador,natural do Rio de janeiro.Suas obras para crianças e jovens,geralmente abordam temas da cultura popular brasileira como:folias de reis,desafios em versos e cantorias de viola. Seu livro " A lenda do violeiro invejoso "(2005) recebeu da FNLIJ o selo de Altamente recomendável para jovem. "

sexta-feira, 22 de março de 2013

nivaldo abdias bomfim - mestre de guerreiro - maceió -02  - foto neno canuto.jpg


 MESTRE NIVALDO ABDIAS BONFIM

Nasceu no município de Palmeira dos Índios,no estado de Alagoas,em 05 de fevereiro de 1932. Seu amor pela cultura popular começou aos oito anos dançando no reisado da mestra Zefa Bispo e no guerreiro da mestra Gajuru do qual aos doze anos foi mestre. Dançou muito aprendeu com grandes mestres como,Adelmo Vieira/Atalaia e o mestre Zé Pequeno/Maceió.Participou,por vários anos, do guerreiro " Barreira Pesada ",coordenado por sua filha Iraci,no bairro da Chã da Jaqueira,onde reside.Dos nove filhos,oito participam da brincadeiraCicero faz os chapéus e os adereços e brinca na figura do índio Peri,a filha Quitéria,que tem um bonito trupé,costura e borda toda a indumentária,a neta Nadja,sabe toda parte da Estrela de Ouro e a Creuza,esposa,é a rainha  do guerreiro. Com a mudança da filha Iraci para o interior do estado se viu obrigado a formar seu próprio grupo. Formou em 1999, o guerreiro " Campeão do Trenado" e deu esse nome  em homenagem ao amigo e mestre de guerreiro,Francisco Jupi,que tinha o apelido de " Campeão Trenado." Mestre Nivaldo Abdias é um dos poucos mestres que mantêm a tradição de sair com seu grupo em caravana,durante o período natalino,percorrendo alguns municípios do estado,fazendo apresentações. Numa verdadeira  aventura.O grupo sai sem destino certo,na maioria das vezes sem nenhum acerto de apresentação,acampados em lugares cedidos pelas autoridades do lugar ou embaixo de árvores.Numa peregrinação que dura de dois a três meses.No ano de 2007,seu afamado guerreiro "Campeão do Trenado " foi contemplado com o prêmio de Culturas Populares, " Mestre Duda, Cem Anos de Frevo ", do Ministério da Cultura. Mestre Nivaldo diz que não tem medo do folguedo acabar, o guerreiro está no sangue da  família,com sua morte,com certeza,os filhos e netos vão dar continuidade. 


quarta-feira, 20 de março de 2013



Cego Aderaldo - O Cantador e o Mitoportões automáticos

O Documentário 
Para compor o longa, Cariry passou por alguns obstáculos, entre eles a escassa quantidade de materiais de arquivo sobre Cego Aderaldo. A grande maioria das informações sobre ele se mantiveram através de fontes orais, misturando-se entre fato e lenda. O diretor resolveu então buscar inspiração em Aderaldo e usar de sua imaginação para compor o documentário. Durante o documentário há depoimentos de personalidades importantes como o cantor Geraldo Amâncio, o escritor Rodrigo Marques, o dramaturgo Ariano Suassuna, o crítico Firmino Holanda, o escritor Cláudio Portela, o produtor Luiz Carlos Barreto, além de pessoas da família de Aderaldo, como seu filho. Estes depoimentos mostram a dimensão do que foi Cego Aderaldo para a nossa cultura. Vale destacar também no filme o seu encontro na Amazônia com o cordelista Firmino Teixeira do Amaral, que escreveria o clássico A Peleja de Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum. O filme foi exibido em vários festivais, como o Cine Ceará em 2012, porém até o presente momento não encontrei o filme para locação, venda na internet ou algum trailer no YouTube para postar aqui, deixo então o pedido para quem conhecer onde é possível adquirir o filme, deixar nos comentários que acrescentarei nesta postagem. Rosemberg Cariry Rosemberg Cariry, diretor do filme, começou sua carreira cinematográfica em 1975 com documentários de curta-metragem sobre a cultura e a história dos povos do Brasil. Na década de 1980, realizou os primeiros filmes documentários profissionais. Ele já dirigiu importantes obras do cinema nacional como: O caldeirão de Santa Cruz do Deserto (1986); Juazeiro – A Nova Jerusalém (1999), Patativa do Assaré – Ave Poesia (2007) e Folia de Reis – Figural Farsesco e Popular (2012). Paralelamente à sua atividade de cineasta, é também escritor e poeta, tendo publicado livros de poesia, contos, cinema e pesquisa sobre culturas populares. Seus trabalhos são profundamente imersos na cultura nordestina. Quem foi cego Aderaldo Aderaldo Ferreira de Araújo, o Cego Aderaldo, nasceu 1878 no Crato-CE, mas foi criado na cidade de Quixadá-CE. Desde cedo a vida foi difícil para Aderaldo, seu pai foi acometido por uma doença em 1880 que o deixou mudo, surdo e aleijado, vindo a falecer em 1896. Aderaldo perdeu a visão quando tinha 18 anos, 15 dias após a morte de seu pai em 25 de março de1896. Cego e pobre, não tendo a quem recorrer, ele teve um sonho em versos. Foi quando descobriu o dom de cantador e de improvisar rimas. Logo ganhou uma viola de presente. Aprendeu a tocar e passou assim a garantir o sustento da mãe, que morreria pouco tempo depois. Após ficar sozinho, resolveu viajar pelo sertão, cantando e ganhando por sua habilidade. A fama de Cego Aderaldo foi crescendo com o tempo, atingindo um dos seus auges em 1914 quando se deu a famosa peleja com Zé Pretinho, o maior cantador do Piauí, cuja batalha de violas e rimas, foi transcrita pelo cordelista Firmino Teixeira do Amaral, consagrando o cantador. Capa do Folheto Peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho (Fonte: www.casaruibarbosa.gov.br) Com a fama, Cego Aderaldo viajou por todo o Brasil, passando por estados como: Piauí, Maranhão, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo. E foi lá na capital paulista que ganhou do então governador Adhemar de Barros, com quem firmou boa amizade, um projetor cinematográfico. Ele passou então a sobreviver durante algum tempo, fazendo exibições por diversos lugarejos. Cego Aderaldo adotou e criou, como filhos, 26 crianças, dando estudo e profissão a todos. O cantador veio a falecer no dia 30 de junho de 1967 em Fortaleza-CE. Sua obra foi valiosa para a cultura brasileira, sua popularidade é comparada a de Lampião e Pe. Cícero, seu legado influenciou a música popular e as artes, nas décadas de 50 e 60. Ficha Técnica do Filme: Roteiro e Direção: ROSEMBERG CARIRY Produção Executiva: BÁRBARA CARIRY Direção de Produção: TETA MAIA Direção de Fotografia e câmera - DANIEL PUSTOWKA Montagem: ROSEMBERG CARIRY E FIRMINO HOLANDA Técnico de Som: YURES VIANA Patrocínio: SECRETÁRIO DO AUDIOVISUAL – SAV/MINC E TV BRASILportões automáticos


VII Festival das Artes Cênicas acontece de 16 a 27 de março em três cidades do NEportões automáticos

VII Festival das Artes Cênicas acontece de 16 a 27 de março em três cidades do NE O VII Festival das Artes Cênicas será realizado de 16 a 27 de março. Com duração de doze dias, em três cidades, Fortaleza (CE), Juazeiro do Norte (CE) e Sousa (PB), reúne repertórios e linguagens diversas, em apresentações artísticas produzidas nas cidades-sedes, assim como dos demais estados do Nordeste, e espetáculos nacionais. Nesta sétima edição, além da multiplicidade de linguagens, o Festival vincula sua realização à diversidade de espaços espalhados pela capital do Ceará, Fortaleza, nos quais serão realizadas atividades no Theatro José de Alencar, SESC-SENAC Iracema e Cuca Che Guevara, além de praças públicas. No Cariri e em Sousa, os espetáculos acontecerão nos Centros Culturais Banco do Nordeste e também em praças e ruas. Bate-papos e Oficinas completam a programação. O VII Festival das Artes Cênicas, com realização de Ato Marketing Cultural, conta com patrocínio do Banco do Nordeste, via Lei de Incentivo à Cultura, do Governo Federal. O Festival pode ser definido como uma experiência cênica que cumpre múltiplas funções: as apresentações artísticas e seu poder de entretenimento reflexivo, intercâmbios de grupos artísticos da Região Nordeste, e também nacionais, fortalecimento e estimulo à pesquisa e desenvolvimento cênico, junto a efeitos sociais, benefícios econômicos, visibilidade de grupos, parecer dos formadores de opinião, além de um trabalho sócio-pedagógico que visa maior interação e acessibilidade. Serão 24 grupos, sendo 21 do Nordeste, com representação dos nove estados, mas tem também grupos de Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Isso porque um dos focos do Festival é o intercâmbio cultural entre as diversas regiões e as linguagens das artes cênicas. De acordo com Ivina Passos, uma das sócias da Ato Marketing Cultural, “a realização da sétima edição do Festival surge como forma de consolidar sua relevância artística e cultural, uma vez que a continuidade do projeto busca ampliar as possibilidades de circulação e difusão das artes cênicas no País”. Monique Cardoso, também sócia da empresa (ATO Marketing Cultural) ressalta que “tão importante quanto à difusão e a fruição artística é o investimento em formação e capacitação desses agentes culturais, artistas e grupos, que frente às exigências de profissionalização do setor necessitam cada vez mais de ferramentas técnicas e administrativas para a longevidade de seus trabalhos”. O Festival, visando atender a essa demanda latente, realizará oficinas de Produção e Gestão de Grupos e Captação de Recursos, em cada uma das cidades, durante o mês de Abril, ainda como parte integrante de sua Programação.portões automáticos